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Argus – O álbum mais influente do Wishbone Ash lançado em 1972

de Oswaldo M.

Um álbum cheio de encanto e energia que influenciou vários álbuns que vieram depois: de Hotel California dos Eagles a álbuns do Thin Lizzy e do Iron Maiden (guitarras harmonizadas e letras). Não há banda que utilize duas guitarras que tenha escapado da influência de Argus. A força harmônica e melódica da banda nesse álbum é algo sobrenatural.

Terceiro álbum

Terceiro álbum do Wishbone Ash , lançado em 28 de abril de 1972, “Argus” tansformou os músicos da banda em estrelas internacionais. A mistura de Hard Rock, Folk e Electric Blues arrebatou a todos na época. A banda conseguiu um contrato com a MCA Records por intemédio de Ritchie Blackmore, guitarrista do Deep Purple, que indicou a banda a Derek Laurence, A&R da gravadora. O álbum foi gravado no De Lane Lea Studios em um console de 16 canais.

Capa do álbum

A idéia do nome do álbum veio de Steve Upton, que achou bacana a idéia de usar Argus, nome de um guardião da mitologia grega, filho de Zeus e Niobe .A concepção da capa é de Storm Thorgerson, da compania de design Hipgnosis, que usou a paisagem de uma locação no interior da França.

A imagem de um sentinela contemplando a névoa matinal encaixou perfeitamente com a sonoridade do álbum. O figurino foi emprestado do filme The Devils de 1971, estrelado por Oliver Reed e Vanessa Redgrave. Bruce Atkins vestiu a fantasia do sentinela.

Outro mistério da arte da capa é a remoção da nave espacial que voa em direção ao sentinela na contracapa da edição original em vinil. A nave desapareceu no relançamento em 2002 e depois voltou na edição da Universal Records em 2007 na “Deluxe Double-Disc Edition” .

Curiosidades

O engenheiro de som foi Martin Birch, que já trabalhava com o Deep Purple e que , posteriormente, trabalharia com a banda Iron Maiden.

Argus foi eleito álbum do ano de 1972 pela Sounds Magazine

Frases de integrantes da banda sobre Argus

Martin Turner

“Eu sabia que seria um álbum importante porque eu gastei muito tempo e energia nele. Foi como ter um filho. Eu chorei na primeira vez que escutei o album pronto”.

Andy Powel

“Já me disseram que a capa do álbum inspirou o personagem Darth Vader de Star Wars, realmente, há similaridades.”

“Scott Gorham uma vez me disse que quando o Thin Lizzy mudou-se pela primeira vez pra Londres, eles foram ver o Wishbone Ash tocar no Lyceum. Após o show, Phil Lynott disse á banda: este é o som que precisamos.

Formação da banda

Steve Upton-bateria

Ted Turner- guitarra e vocal

Martin Turner- baixo e vocal

Andy Powel- guitarra e voz

Músico convidado : John Tout- órgão em Throw Down The Sword

Faixa a faixa

Time Was

O álbum começa de forma tranquila, com uma letra filosófica e um dedilhado de guitarra suave que antecede a segunda parte da música, que é mais animada com um belo solo de guitarra de Ted Turner.

Sometime Word

Com estrutura parecida com Time Was, a música tem início melancólico com uma bela guitarra cheia de Reverb intercalada com a voz. A segunda parte tem uma linda linha de baixo de Martin Turner. Apesar de seus quase 7 minutos a letra possui apenas quatro estrofes que nos levam a uma reflexão embalada pela viagem instrumental da banda.

Blowing free

Ted, Martin e Andy cantam juntos uma bela harmonização vocal em cima da melodia que vai conjuntamente com a harmonia de guitarras clean embalando nossos ouvidos magicamente.

The King Will Come

O assunto da letra desta música é a crença do “ Kingdom Come “ (veja a primeira estrofe da música). Intro com uma bateria marcial e Andy Powel brincando com o Wah Wah na guitarra. A banda entra com tudo e o famoso riff da música aparece.

In the fire, the king will come.

Thunder rolls, piper and drum.

Evil sons, overrun,

Count their sins – judgment comes.

Leaf and Stream

Não consigo encontrar um adjetivo melhor para esta música do que “hipnótica”. Do dedilhado da intro ao maravilhoso solo, tudo é perfeito. A música traz uma sensação relaxante e reflexiva. Quando o stress cotidiano toma conta, escuto esta música e a paz , mesmo que seja momentânea, vem.

Warrior

De cara, escutamos um poderoso riff com um solo matador. Warrior conta a história de um soldado em sua heróica jornada. O refrão é um dos mais belos criados pela banda.

Throw Down the Sword

A música começa com uma uma melodia medieval. O tom da música é triste e a letra nos traz uma bela reflexão. As guitarras intercaladas no final é a bela forma que a banda escolheu para terminar o álbum.

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