Comprei o LP de Powerslave , em 1985 ( um ano após seu lançamento) por dois motivos : o fantástico show deles no Rock in Rio e a capa hipnotizante. Lembro que, na loja onde fui, havia mais discos da banda, mas como a grana só dava pra comprar uma “bolachona” , escolhi a capa com temática do Egito. O Iron Maiden aperfeiçoou uma fórmula já vencedora em seu quinto álbum. Powerslave começa com dois de seus hinos : “Aces High” e “2 Minutes to Midnight”, que levam a uma coleção muito consistente e poderosa de termas prontos para a arena.
Uma música Instrumental !
“Losfer Words” é uma instrumental potente e avassaladora que mostra que a dupla Dave/ Adrian estava mais entrosada do que nunca.” Flash of the Blade”, notoriamente uma música do Bruce, tem um riff simples e cortante , destacando tbm a bateria gigante do Nicko. “The Duelists” tem uma das harmonizações de guitarras mais belas da banda . ‘Back in The Village” tem aquele refrão que gruda em nossas mentes.
‘ Powerslave” é perfeita, com seu riff emblemático e sua letra reveladora , que fez muitos adolescentes, como eu , recorrer à Enciclopédia Barsa para aprender mais sobre o Antigo Egito. Para quem ainda não tinha nascido na época, enciclopédia era uma coleção de livros que explicava vários temas , parecido com a Wikipedia.
O épico de 14 minutos “Rime of the Ancient Mariner” mostrou a banda desenvolvendo, com sucesso, uma narrativa complexa e longa. Eles iriam longe demais nesse território (e nos sintetizadores) em seu próximo álbum, deixando Powerslave como o fim do “Iron Maiden raiz”. Eu, particularmente, curto muito o “ Somewhere” pois entendo q a banda fugiu da mesmice.
Eu considero a trilogia “Piece of Mind/ Powerslave/ Somewhere in Time” como algo que nunca será superado no Heavy Metal, mas isso será tema de outro post.