Em 1998, a Sony havia vendido mais de 175 milhões de Walkman e cerca de 50 milhões de Discman globalmente, números que não incluem as inúmeras cópias (licenciadas ou não) fabricadas por outras marcas. Em 2001, o iPod tomaria a cena e , por conter tecnologia nova para tocar arquivos MP3, tornou obsoletos os players portáteis de fitas K7 e CDs.
1979
Voltando no tempo, em 1979, ano de estreia do Walkman, a combinação de imersão musical e mobilidade ilimitada foi uma experiência genuinamente nova. Procurando palavras para descrevê-la, muitos ouvintes invocaram analogias com a embriaguez ou com o cinema. Comentando sobre o Walkman, o famoso romancista de ficção científica William Gibson, disse: “Nunca tive uma reação tão imediata a um aparelho como tive ao experimentar o Walkman.”

1981
Em 1981, um colunista do Chicago Tribune escreveu sobre sua consternação depois de testemunhar adolescentes usando fones de ouvido na Feira do Estado de Ohio. “O Walkman está substituindo certas drogas como um dispositivo que altera a mente e o humor”, lamentou.
Do ponto de vista de hoje, os recursos do Walkman parecem ridiculamente limitados. Antes de sair de casa, você tinha que pensar sobre o qual álbum ou coletânea de músicas você estava com vontade de escutar – e talvez carregar algumas fitas extras. Isso era uma maldição: e se você enjoasse das três fitas em sua mochila?

1998
Aparentemente, hoje, não há mais mercado para tocadores de música dedicados. Mas eu suspeito que seja em parte uma questão de amnésia. Não sabíamos disso em 1998, mas tivemos sorte que nossos dispositivos de escuta portáteis não nos incomodaram com alertas de notícias ou mensagens de texto. Se tivessem, a euforia da experiência do Walkman não teria sido tão pura.